quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cinema do CIC terá edital para ocupação

O edital de licitação para a administração do cinema do CIC (Centro Integrado de Cultura), em reforma há mais de dois anos e previsto para ser concluído em dezembro próximo, deve ser lançado no final do mês, ou, no máximo, até os primeiros dias de novembro. De acordo com o presidente da FCC (Fundação Catarinense de Cultura), Joceli de Souza, o edital está sendo formulado por uma comissão de técnicos de diferentes áreas. “Será um edital técnico e de preço, como previsto na lei federal 8.666”, afirma.

A lei, de junho de 1993, estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios.

Até o fechamento para reforma, em 2009, o cinema do CIC era administrado pelo Cineclube Nossa Senhora do Desterro, criado em 1969 por Gilberto Gerlach. O cineclube exibia filmes em 35 mm e trazia para Florianópolis uma programação alternativa, com produções fora do circuito comercial. O presidente da FCC afirmou não poder adiantar se o edital que está sendo formulado para a nova administradora do espaço prevê aspectos da programação.

A entidade que representa a classe de profissionais de cinema no Estado, a Cinemateca, sugere a continuidade do teor da programação. “O que a Cinemateca gostaria e tenho certeza que todo o setor audiovisual é que a nova administradora do cinema seguisse uma temática alternativa, com produções da cinematografia mundial”, afirma Reno Caramori Filho, diretor de Comunicação e Difusão da Cinemateca Catarinense. Na mesma linha, o cineasta e historiador Fernando Boppré, presidente do Funcine (Fundo Municipal de Cinema) afirma a necessidade de se levar em conta que o cinema do CIC é público e precisa sim de licitação. E reforça o caráter de formação de cidadãos do espaço. “Melhor fechar as portas do que virar comercial”, diz.

A reforma do cinema, assim como a do teatro Ademir Rosa, começou no começo deste mês e está sendo executado pela empresa JK Engenharia. A previsão de custos é de R$ 5,9 milhões para os dois espaços.

CAROL MACÁRIO, no JND, em 19 de outubro

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