terça-feira, 17 de novembro de 2009

Valente exibe curtas e fala sobre seu cinema

Comecei a conhecer o cinema de Eduardo Valente pelo seu último filme, No meu lugar, quando participei este ano da comissão de seleção do projeto de difusão de longa-metragem da Petrobrás. Dos seis jurados, fui um dos que ficaram surpreendidos positivamente com a narrativa. São três histórias que ocorrem em época diferentes, mas entrelaçadas em uma trama indecifrável.
No meu lugar está estreando nas salas de cinema do Brasil, já foi exibido em alguns países europeus e em janeiro deve chegar em Florianópolis. Depois de assistir ao longa, conheci, na noite de ontem, três curtas do diretor: Castanho, Um Sol Alaranjado, e O Monstro. Confirmei com os três títulos que me transformei em um espectador curioso do cinema de Eduardo Valente. As três narrativas são potentes, mas Um Sol Alaranjado vai além.
O filme, premiado em Cannes em 2002, é seu trabalho de conclusão da faculdade de cinema na Universidade Federal Fluminense. Rodado em 35mm, o curta tem uma única frase verbal. É econômico ao extremo em seus poucos planos, ora abertos, ora fechados. Não há música, a não ser no desfecho. Na casa vivem o pai e a filha. O homem está doente e é cuidado com desvelo pela filha.
Um Sol Alaranjado segue a linha tênue e inconstante da vida e o fim da história é outro enigma depositado nas mãos dos espectadores. Após a exibição, na noite de ontem, o diretor falou sobre o seu cinema para um público de pouco mais de 35 pessoas no Sesc, durante o 11º Catavídeo. Agora é esperar pelo exibição de No meu lugar em Santa Catarina.

Um comentário:

  1. Uma pessoa incrível pela simplicidade e clareza com que fala e apresenta em seus filmes.

    Foi um privilégio estar lá.

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