domingo, 14 de novembro de 2010

Cinema-ensaio com Ismail Xavier

O movimento do filme, a subjetividade, a dimensão poética, o caráter reflexivo da escrita, a incompletude, o processo. Não há transparência na linguagem, mas uma tensão entre a exposição do pensamento e a dificuldade do que seria o espelhamento. Esses são alguns dos caminhos estabelecidos por Ismail Xavier na palestra O filme-ensaio e a obra de Godard, apresentado na 4ª Semana de Cinema da UFSC.
Ismail discute o não enquadramento do cinema-ensaio em categorias como ficção, documentário ou cinema experimental. Se a ciência reinvidica enunciados, o cinema-ensaio não. Há uma dimensão reflexiva formalmente expressa, uma citação intertextual explícita, tematizada dentro do próprio processo. A marca é a heterogeneidade.
Viver a vida, de Godard, com 12 capítulos, é um documentário convencional sobre a prostituição em Paris, mas com rupturas como o diálogo da personagem com um filósofo. No cinema-ensaio, as imagens não contam uma história, no cinema ensaio, as imagens pensam. Na foto acima, da diretora Sandra Alves, Ismail com o filme Viver a Vida ao fundo. Assista à cena do diálogo com o filósofo, com Anna Karina e Brice Parain.

2 comentários:

  1. Bonita foto Fifo

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  2. sim, bela foto da sandra alves, muito superior ao meu texto ocasional. de todo modo, obrigadíssimo.

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