Antes que o mundo acabe, de Ana Luiza Azevedo, é um filme sedutor. É carregado de sotaque do sul, mas não é regional. É sobre personagens adolescentes, mas não é um filme exclusivo do público infanto-juvenil.
O longa tem muitos méritos. A narrativa é bem humorada, a história tem ritmo e a direção é desapegada de estereótipos, mesmo que os personagens sejam adolescentes e que nesta idade estamos sujeitos a comportamentos impessoais e genéricos.
A densidade poética de Antes que o mundo acabe é despertada pelo espaço do filme. O universo espacial é uma cidade perdida no tempo, com casarios da metade do século passado, com cartas escritas à mão, cachoeiras e bicicletas. São brevidades atemporais e logo percebemos que estamos no tempo presente, com seus celulares e jogos eletrônicos.
Mas é o tempo presente, de personagens adolescentes, que nos oferecem uma outra possibilidade da vida brasileira, que existe, mas está fora das produções do cinema nacional. A produção cinematrográfica contemporânea está habituada a enquadrar ostensivamente a violência urbana, como se não houvesse uma história como a do adolescente chamado Daniel, protagonista do longa.
Daniel vive com a irmã, a mãe e o padrasto. Um padrasto afetivo e carinhoso. O pai do adolescente é um fotógrafo que viajou para um país distante para fotografar pessoas e fugir da crueza do fotojornalismo.
Antes que o mundo acabe é um filme sobre o primeiro amor, sobre o rito de passagem da adolescência para a vida adulta, mas é sobretudo um filme sobre a busca do amor entre pai e filho, que não se conhecem e vivem distantes.
É um filme imperdível. O que às vezes incomoda é o recurso do personagem narrador. Mesmo sem ser usado intensamente, nos faz imaginar que sem este efeito o filme poderia ser ainda mais genial.
O longa tem muitos méritos. A narrativa é bem humorada, a história tem ritmo e a direção é desapegada de estereótipos, mesmo que os personagens sejam adolescentes e que nesta idade estamos sujeitos a comportamentos impessoais e genéricos.
A densidade poética de Antes que o mundo acabe é despertada pelo espaço do filme. O universo espacial é uma cidade perdida no tempo, com casarios da metade do século passado, com cartas escritas à mão, cachoeiras e bicicletas. São brevidades atemporais e logo percebemos que estamos no tempo presente, com seus celulares e jogos eletrônicos.
Mas é o tempo presente, de personagens adolescentes, que nos oferecem uma outra possibilidade da vida brasileira, que existe, mas está fora das produções do cinema nacional. A produção cinematrográfica contemporânea está habituada a enquadrar ostensivamente a violência urbana, como se não houvesse uma história como a do adolescente chamado Daniel, protagonista do longa.
Daniel vive com a irmã, a mãe e o padrasto. Um padrasto afetivo e carinhoso. O pai do adolescente é um fotógrafo que viajou para um país distante para fotografar pessoas e fugir da crueza do fotojornalismo.
Antes que o mundo acabe é um filme sobre o primeiro amor, sobre o rito de passagem da adolescência para a vida adulta, mas é sobretudo um filme sobre a busca do amor entre pai e filho, que não se conhecem e vivem distantes.
É um filme imperdível. O que às vezes incomoda é o recurso do personagem narrador. Mesmo sem ser usado intensamente, nos faz imaginar que sem este efeito o filme poderia ser ainda mais genial.
Em Florianópolis, Antes que o mundo acabe está em cartaz no Shopping Iguatemi, às 13h30 e às 15h40. Confira o trailer.
Legal o texto hein.
ResponderExcluirA gente tb escreveu sobre o filme no Blog.
http://cinemacommel.blogspot.com/2010/05/antes-que-o-mundo-acabe.html
abs