Só dez por cento é mentira, o resto é invenção

Conheço de palma os dementes de rio.
Fui amigo do Bugre Felisdônio, de Ignácio Rayzama
e de Rogaciano.
Todos catavam pregos na beira do rio para enfiar
no horizonte.
Um dia encontrei Felisdônio comendo papel nas ruas
de Corumbá.
Me disse que as coisas que não existem são mais
bonitas.

(Trecho do poema Mundo Pequeno extraído d’O Livro das Ignorãças, de Manoel de Barros)

Hoje, às 19 horas, a Fundação Badesc exibe Só Dez Por Cento É Mentira, A Desbiografia Oficial de Manoel de Barros, de Pedro Cezar.